quinta-feira, 21 de julho de 2011

A democracia

Paulo explicava a Marx que ainda há esperança no ser humano e a única forma é através da educação. Uma educação emancipadora do sujeito ontológico. Marx por sua vez não acreditava em seu amigo visionário e afirmava que a única forma de libertar o povo da escravidão mental e cultural era através da revolução armada e que a religião era o ópio do povo.
Estavam nesse embate, prestes a terminar uma amizade de anos, quando decidem conversar com seu grupo de estudos. Cada qual sai em direções opostas um para a direita e outro para a esquerda.
No encontro marcado, Marx diz para seu grupo que Paulo havia afirmado que a solução era a educação das massas. O grupo, numa polvorosa, gritou que ele estava errado e deveria seguir outro rumo saindo do grupo da revolução. Não havia mais lugar para ele naquela ideologia, por isso não permitiriam mais sua entrada. Marx simplesmente consentiu, mudaram de assunto a fim de tratar dos preparativos para a revolução que iniciaria quando o Ministro da Casa Civil, Palocci pedisse afastamento do cargo. Essa seria a gota d’água, a corrupção escrachada.. O grupo não aguentava mais tanta passividade por parte da grande massa social, acostumada à corrupção, desvio de dinheiro público, lobby, desvio de remédios, crimes do colarinho branco, tráfico de influências. Estava na hora de dar um basta a tudo isso. Acabar com o Congresso Nacional e tomar o poder para o povo, ao menos a parte consciente e tentar conscientizar a parte alienada da população.
Estava decidido, a revolução ocorreria e os preparativos foram iniciados. Paulo sabendo da confusão em que estava decidiu fundar outro grupo que começaria a palestrar nas escolas da periferia da cidade. Paulo acreditava que através do trabalho voluntário, poderia semear no coração de crianças e jovens valores morais adequados para a evolução da sociedade. Ele trabalhava na universidade e estava farto do mundo acadêmico, a teoria por si não leva a nada, precisamos agir. Ser um motivador da sociedade. Mesmo que seja apenas uma pessoa ou um grupo de voluntários com o objetivo de fazer a diferença na sociedade.
Lados opostos, mas objetivos claros. Ambos queriam mudança. A mudança viria por bem ou por mal. Um, Paulo, queria a conscientização, esta leva tempo. Para que haja mudança é necessária uma geração, dizem que 30 anos, no mínimo, para mudar as crenças das fossilizadas das pessoas. O outro, Marx, acreditava na mudança pelas armas mesmo que para isso muitos morram inocentes e culpados. Para uma mudança imediata alguns precisam ser sacrificados em prol do surgimento de uma nova nação. Nação esta renovada e vitoriosa em seus ideais, calcados nos alicerces da justiça social, igualdade de direitos e deveres, cada qual com seu quinhão, sem privilegiados, sem marginalizados. A igualdade suprema reinando na face da terra. Somente assim a raça humana sobreviverá através da igualdade de condições.
O futuro ninguém pode prever, apenas o ritmo da vida, as escolhas e nosso trabalho podem direcionar nosso futuro e o da sociedade.
Janaina Weber

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Tácito Olhar


Somos muitos
Somos todos
Não somos nada
Não somos tudo
Noite e dia
Girassóis e terracota
Mártires e líderes
Poetas braçais
Braços no ar
Lábios fumaça
Fogo nos olhos
Olhos de rato
Olhos de gato
Pernas para o ar
Por que me olham?
Não tenho culpa!
Sou como vocês!
Pigmento estático
Num país aquarela.

domingo, 15 de maio de 2011

Som e Imagem


SOS
Estar só, mas não ser só.
Somos todos, mesmo sendo um.
Não estamos sós mesmo querendo estar a sós.
Não temos escolha.
Ainda bem!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Elementos Lingúisticos

É muito comum em nosso país ocorrerem variações lexicais de região para região. O exemplo narrado abaixo ocorreu com alguns amigos meus de Belo Horizonte. Eu comentei com eles que nós, do sul, utilizávamos uma expressão para enfatizar comentários a respeito do clima. A expressão "Tá um frio de renguear cusco", para nós é bastante comum mas para eles, eu tive que literalmente traduzir como renguear: tão frio que a pessoa fica manca ou encolhida; e cusco: cachorro de estância que acompanha o dono a cavalo. A situação foi bem engraçada e o pessoal gostou muito dessa expressão típica do RS.
Janaina Weber

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Video Elis Regina

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Como Nossos Pais - Elis Regina

Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendiNos discos...
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...
Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado prá nós
Que somos jovens...
Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...
Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...
Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemosAinda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...
Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...
Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...
Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...

sábado, 9 de abril de 2011

Mediadores de Leitura

A educação em tempos do Twitter
José Manuel Moran
Especialista em projetos de mudança na educação presencial e a distância
Diretor de Educação a Distância da Universidade Anhanguera-Uniderp
Com todos os recursos móveis e em rede,
muitas questões nos desafiam como educadores:
1. O papel do professor muda cada vez mais: Ensina menos, orienta mais, articula melhor. Ele se aproxima mais dos alunos, se movimenta mais entre eles.
2. Os tempos das aulas se tornam mais densos, para realizar atividades interessantes, que possam ser pesquisadas, produzidas, apresentadas e avaliadas no mesmo espaço e tempo. São inviáveis as aulas de 50 minutos.
3. As aulas não se resumem só aos momentos presenciais. Aumenta a integração com os ambientes digitais, com os ambientes colaborativos, com as tecnologias simples, fáceis, intuitivas.
4. Os espaços se multiplicam, mesmo sem sair do lugar (múltiplas atividades diferenciadas na mesma sala). O conteúdo pode ser disponibilizado digitalmente. Predominam as atividades em tempo real interessantes, desafios, jogos, comunicação com outros grupos.
5. Há uma exigência de maior planejamento pelo professor de atividades diferenciadas, focadas em experiências, em pesquisa, em colaboração, em desafios, jogos, múltiplas linguagens. Forte apoio de situações reais, de simulações.
6. Ganha importância maior a presença do aluno-monitor, que apóia os colegas e ajuda o professor, tanto nas atividades como nas orientações tecnológicas.
7 Aumenta a integração de ambientes digitais mais organizados (como o Moodle) com recursos mais abertos, personalizados, grupais, informais (web2.0) em todas as etapas de um curso. Para motivar, ilustrar, disponibilizar, pesquisar, interagir, produzir, publicar, avaliar com o envolvimento de todos.
8. Quanto mais tecnologias, maior a importância de profissionais competentes, confiáveis, humanos e criativos. A educação é um processo de profunda interação humana, com menos momentos presenciais tradicionais e múltiplas formas de orientar, motivar, acompanhar, avaliar.
9. É imenso – e mal explorado - o campo de inserção da escola na comunidade, de diálogo com pais, bairro, cidade, mundo, com atividades presenciais e digitais.
10. Podemos ter modelos de organização de aulas, atividades e de materiais formatados para todo o país. Só não podem ser aplicados ao pé da letra nem ficarmos reféns deles. Podem servir como roteiros de orientação dos alunos, personalizando-os, dando-lhes a nossa cara, indo além do que está previsto.
11. A educação continuada, permanente, para todos, formal e informal, presencial e a distância, abre imensos horizontes profissionais, metodológicos, mercadológicos, que mal vislumbramos ainda. Tudo está para ser feito, experimentado e reinventado de forma diferente. A educação pode ser o campo mais fértil da reinvenção, porque todas as pessoas, em todas as idades e condições, precisam desesperadamente de ajuda em múltiplos campos: da formação inicial à super-especializada.
12. Diante de tantas mudanças, tudo o que fizermos para inovar na educação será pouco.
Texto inspirado no meu livro A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 4ª ed., Campinas: Papirus, 2009.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mediadores da Leitura na Bibliodiversidade

Olá colegas de curso!!! Eu criei o blog mas preciso de um grupo. Quem quer participar deste grupo-blog? Janaina Britto de Castro Weber Passo Fundo- Brasil